A história do “bata ti bata tá” aconteceu na década de setenta.
Seu protagonista era uma criança com muita maturidade apesar de seus seis anos de idade. Ele parecia um homenzinho. Suas brincadeiras deste muito novo eram maduras e seus amigos eram na maior parte todos senhores de idade avançada, talvez por este fato este jovem tenha adquirido uma educação primorosa para sua idade.
Seu nome era Giovane.
Um dia ele estava brincando no quintal de sua casa, e normalmente suas brincadeiras eram muito silenciosas, mal se ouvia seus tropeços, deixando ali reinar a quietude e a paz naquelas tardes.
Enquanto Giovane brincava sozinho, Virginia sua mãe, cuidava de Léo seu irmão mais novo mas repentinamente todo aquele silêncio foi quebrado pelos pequenos passos a galope que indicavam a corrida desenfreada de Giovane.
Virginia ao ouvir seus passos olhou para trás e viu entrando pela cozinha o pequenino com os olhos estatelados, dizendo:
___ Mamãe! Mamãe! O “bata ti bata tá” não quer parar! Ajuda mamãe!
Virginia assustada tentou entender que história era aquela de “bata ti bata tá”.
Ela nunca tinha escudado este termo até então.
Giovane muito assustado tornou a pedir ajuda por mais duas vezes, sempre mostrando com o dedinho indicador à direção da garagem.
Foi então que percebendo que sua mãe não o entendia, Giovane pegou-a pela mão e a conduziu até o jipe que estava na garagem, mostrando-a o limpador do para brisas que estava ligado.
Não era preciso mais nenhuma explicação, eis que se mostra a origem daquele termo. “Bata ti Bata tá”.
Virginia escutou que ao deslizar suas palhetas do limpador de para-brisas no vidro seco fazia o barulho, bata ti bata tá.
Depois daquela tarde tenho por mim descoberto, que as palhetas que limpam o vidro dos carros, não chamam mais limpadores, e sim, “Bata ti Bata tá”.
Esta crônica é parte do Romance “Instinto de Sobrevivência”.
Editoras, Clube de Autores e publique Saraiva.
Páginas 35 e 36.
Obrigado aos meus amigos e leitores pela visita, fiquem com Deus.