Academia Virtual De Letras

Academia Virtual De Letras
EVENTO: MEU BERÇO,MEU ORGULHO
Patronesse: Rachel de Querioz
Acadêmica: Ana Lúcia Mendes
 
Cadeira: 26
 
 
Berço de encantarias
 
Peço licença aos amigos
Para nestas toscas linhas que vou traçar
Homenagear a minha terra
Lugar mais lindo onde canta o sabiá
Onde o lirismo dos poetas, navegam nas ondas do mar
Falar do meu berço querido
É revelar alguns segredos dos portais do paraíso
Dizem que sou conterrânea de muitos poetas consagrados 
Nauro Machado ,Ferreira Gullart, ,Sousândrade e Gonçalves Dias
Este último por amar tanto esta terra
Naufragou em sua bela baía
São Luis ilha do Amor,fundada por franceses
De arquitetura tão bela
Com sobrados antigos em azulejos portugueses
Também neste berço nasceu
Mulheres das quais muito me orgulho
Maria Firmina dos Reis
Escritora que versou seu povo para o mundo
Quem sabe até nas minhas linhagens mais antigas
Seja uma tataraneta da linda negra Catarina da Mina
Que enlouqueceu a fidalguia
Com seus encantos e magias
Tornou-se grande proprietária nas ruas de cantaria
E em nossa ilha ainda....rodopiam as saias das crioulas
Benzimentos e encantarias
Rufam ainda o choro dos tambores
São Pantaleão
Casa das Minas
Onde Sérgio Ferretti construiu toda sua etnografia
São Luís é Ilha Magnéitca
De povo hospitaleiro que vive em festa
Terra da morena dengosa 
Sorridente em sua janela
Musa de verso e prosa
Com seu olhar faceiro 
Que tece mil desejos 
E pra não sair do tom
Não poderia esquecer 
De outra nobre mulher
Alcione de Nazaré
Nossa guerreira de fé
Nossa eterna Marrom
Também desta terra saiu 
O mestre Joãozinho Trinta
Carnavalesco que levou 
Para o mundo as cores e o brilho da alegria
Perdoe-me ao meu nobres amigos
Pelos meus rudes versos 
È que dos meus olhos teimam cair
Lágrimas com sabor de regresso 
Estou em outros pomares deste nosso Brasil
Lembrar do meu berço 
Faz meu pequenino peito chorar
Afinal...
Em minha terra canta a palmeira e também o sabiá
Berço encantado de poetas
Amores a beira-mar
Boêmia ao luar
Minha ilha querida
Consagrada Atenas Maranhenses
Terra de gente festeira
Jamaica brasileira
Perdoe-me se aqui me excedi
E em versos minha paixão explodi
Pelo berço encantado
Meu orgulho onde nasci
São Luís do Maranhão
És pura sinestesia 
E igual a Bandeira Tribuzzi cantarei a ti 
Teu Hino em louvação
Oh, divino berço de encantarias
 
Ana Lúcia Mendes
 
 
Evento : Meu Berço, Meu Orgulho. .
Patrono: Cora Coralina
Acadêmico: Antonio C Almeida
Cadeira: 21
 
 
CIDADE DO RIO DE JANEIRO
 
O que falar de ti que me abraça distante
Se não com saudade como de uma amante
Que chegava como o doce mel
Ou amargava como o duro fel.
 
Como não sonhar dormir nos braços
Do belo que oferece abraços
Da mais doce poesia de Drummond
Ou a Garota de Ipanema de Vinícius e Ton.
 
Como falar sem lembrar das calçadas Portuguesas
Que refletem história e beleza
De tudo que passa e guarda na certeza
Fixar em lembrança de quem passa em clareza.
 
Dos beijos enamorados nas praias,
Cosme e Damião e as crianças em graça
São Jorge na força guerreira
São Sebastião padroeiro em certeza .
 
O garoto que corria na Quinta da Boa Vista,
Que ria no Parque da tijuca, no Aterro do Flamengo
Lembra da Reserva de Marapendí
E do Jardim Botânico e o Sítio Burle Marx que o fazia sorrir.
 
Mesmo assim que tão distante
Bate no coração de um viajante
A certeza de poder dizer
Que o pôr e nascer do sol é o mais belo na Cidade que o viu nascer.
 
Antonio C Almeida.
 
 
 
 

APOGEU POÉTICO - MODERNO BY JOÃO URAGUE FILHO

 

Patrono: Fernando Pessoa

Acadêmico: João Urague Filho

Cadeira: 02

EVENTO: APOGEU POÉTICO - MODERNO

Tema: Reflexão

 

DONOS DO NADA

 

Nós não somos donos de nada!

Só somos donos do fato incontestável

Do fato absurdo e inexorável

De sermos donos de nada!

Tá danado!

Somos donos pura e simplesmente

De não sermos donos da gente,

Tudo é emprestado!

Tá danado!

Até que a natureza se revolta

E quer tudo de volta!

Tá danado!

A vida é como se fosse um crediário qualquer

Que a gente vai tirando e debitando

Vai tirando e vai devendo

Até que um dia verificamos

Que já comemos e bebemos

Que já discutimos e nos calamos

Que já sorrimos e choramos

Demais! Tá danado!

Parece mentira que o riso e o pranto

O sonho e a desilusão

Sejam caros demais!

Tá danado!

A vida vem a ser uma mochila

Dessas onde a gente vai guardando

A saudade e a esperança

O sonho e o desengano...

E quando a gente menos espera

Tá pesada demais!

Sacoleja nas costas

De feridas postas...

Afrouxa e cai!

... E a gente parte e se reparte

Em duas partes iguais

Só que uma a terra come

Mas a outra... Essa voa

Contempla a carne ainda fresca no caixão

Faz um gesto de desdém

E vai para nunca mais...

Segundo a lenda que me contaram os profetas:

Amém!

A morte é um gato que espreita

Os ratos que somos nós

De patinha dianteira, certeira,

Alevantada e tudo! Tá danado!

Mas das angústias a pior

É aquela transa toda

Com a emoção do próximo momento.

Será que vai ser agora ou daqui a pouco?

Hoje, amanhã ou depois de amanhã?

Sairei ileso dessa ou serei atingido?

Se a arma está apontada para mim

Quando detonará o tiro?

Será que vai ser lenta ou abruptamente?

Porque com alguns o gato come num repente o rato

Mas com outros o gatinho treinado e jeitos

Balança o rabo e dá carreirinhas tontas

Brinca de dar tapinhas com as unhas

Afiadas para esse fim

E depois quando cansa de brincar

Vai em dentadinhas lentas

Devorando devagar! Tá danado!

... E eu que nem compro fiado

Porque não gosto de ser cobrado

De repente devedor

De toda dor que doeu

De todo pranto vertido

Da chicotada que ardeu

No ontem que foi perdido!

Tá danado!

Nós somos donos do nada!

Donos do inesperado e do improviso

Da incerteza do próximo momento

Da certeza de tudo aquilo que já passou.

Somos donos mesmo é do gemido

Desse gemido que gememos juntos

E vamos contando um a um

Até chegar o miserável grito.

O futuro é sempre o mesmo, ainda bem!

Todos arderemos juntos... Amém!

 

 

 

 

APOGEU POÉTICO MODERNO BY - Emília Guerra

 

Patrono : Ariano Suassuna

Acadêmica : Emília Guerra

Cadeira : 04

APOGEU POÉTICO MODERNO

- Tema : Reflexão .

 

REFLEXÃO (Emília Guerra)

 

Como não entender

tanta coisa tamanha

mensurando muito

acatando o tudo

sem mais ou menos

no aceitar toda diferença

 

Coisas para se avaliar

no X da questão

pelo sim, pelo não

Vamos a reflexão.

 

Não estando atoa na vida

no toque de recolher

assuntos ao meu ver:

 

Olhar a vida com benevolência

acatando todos e tudo no mundo

na arte

na crença

no credo

no gênero

na etnia

na raça

no amor amar

na condição humana...

 

Com toda verdade e atos sem farça

moramos na mesma casa a céu aberto

recebemos luz do mesmo sol, lua e estrelas.

 

Cativante mesmo é destreza da nobreza

de nos sentirmos contemplados e merecedores

do mesmo legado do nascer e do morrer.

 

Sem (re)flexão, andamos de marcha ré

e não mudamos a história nossa e de todos

no amor que Jesus ensinou: "Amaivos uns aos outros"!

 

 

 

APOGEU POÉTICO - MODERNO BY- Sheila Santos

 

Patronesse: Clarice Lispector

Acadêmica: Sheila Santos

Cadeira: 10

APOGEU POÉTICO - MODERNO

Tema : Reflexão .

 

AUTO-REFLEXO

 

Às vezes,

Tenho saudades

De pessoas de que não deveria sentir;

De fases boas que vivi;

De épocas que não voltam mais...

Às vezes,

Tenho vontade de voltar no tempo,

Tornar aos meus tempos de criança...

Época em que me sentia livre, forte;

Uma pequena ditadora,

Mãe de minhas bonecas,

A dona das brincadeiras...

Lembro-me dos sonhos...

Da vontade louca de crescer,

Ser independente;

Achava que me tornaria onipotente!

Recordo-me

Dos segredos enamorados

Com a lua,

Que bem me dizia:

Menina,

Aproveita teu tempo de criança...

Pra que tanta vontade de ser adulta?

Hoje, olhando-me no espelho,

Às vezes não me reconheço...

Às vezes pareço grande, destemida,

Tão segura, dona de mim...

Mas, em contrapartida,

Ainda guardo uma fragilidade

Que denuncia medos infantis...

Medos de escuro,

De temporais,

De vento forte;

Medos de grandes decepções...

Voltando para o espelho,

Reflito-me:

Não sei, na verdade,

Se ainda sou uma criança

Boba, brincalhona, medrosa,

Num corpo maduro de mulher;

Ou se realmente cresci,

Tornei-me adulta...

Mas, tão perdida, imatura,

E às vezes tão infantil,

Que o tempo passou

E nem me dei conta,

Que me tornei velha demais

Pra me sentir de novo como criança...

 

Aliesh Santos

12.03.2016

 

 

 

APOGEU POÉTICO - MODERNO BY João Urague Filho

 

Patrono: Fernando Pessoa

Acadêmico: João Urague Filho

Cadeira: 02

EVENTO: APOGEU POÉTICO - MODERNO

Tema: Reflexão

 

DONOS DO NADA

 

Nós não somos donos de nada!

Só somos donos do fato incontestável

Do fato absurdo e inexorável

De sermos donos de nada!

Tá danado!

Somos donos pura e simplesmente

De não sermos donos da gente,

Tudo é emprestado!

Tá danado!

Até que a natureza se revolta

E quer tudo de volta!

Tá danado!

A vida é como se fosse um crediário qualquer

Que a gente vai tirando e debitando

Vai tirando e vai devendo

Até que um dia verificamos

Que já comemos e bebemos

Que já discutimos e nos calamos

Que já sorrimos e choramos

Demais! Tá danado!

Parece mentira que o riso e o pranto

O sonho e a desilusão

Sejam caros demais!

Tá danado!

A vida vem a ser uma mochila

Dessas onde a gente vai guardando

A saudade e a esperança

O sonho e o desengano...

E quando a gente menos espera

Tá pesada demais!

Sacoleja nas costas

De feridas postas...

Afrouxa e cai!

... E a gente parte e se reparte

Em duas partes iguais

Só que uma a terra come

Mas a outra... Essa voa

Contempla a carne ainda fresca no caixão

Faz um gesto de desdém

E vai para nunca mais...

Segundo a lenda que me contaram os profetas:

Amém!

A morte é um gato que espreita

Os ratos que somos nós

De patinha dianteira, certeira,

Alevantada e tudo! Tá danado!

Mas das angústias a pior

É aquela transa toda

Com a emoção do próximo momento.

Será que vai ser agora ou daqui a pouco?

Hoje, amanhã ou depois de amanhã?

Sairei ileso dessa ou serei atingido?

Se a arma está apontada para mim

Quando detonará o tiro?

Será que vai ser lenta ou abruptamente?

Porque com alguns o gato come num repente o rato

Mas com outros o gatinho treinado e jeitos

Balança o rabo e dá carreirinhas tontas

Brinca de dar tapinhas com as unhas

Afiadas para esse fim

E depois quando cansa de brincar

Vai em dentadinhas lentas

Devorando devagar! Tá danado!

... E eu que nem compro fiado

Porque não gosto de ser cobrado

De repente devedor

De toda dor que doeu

De todo pranto vertido

Da chicotada que ardeu

No ontem que foi perdido!

Tá danado!

Nós somos donos do nada!

Donos do inesperado e do improviso

Da incerteza do próximo momento

Da certeza de tudo aquilo que já passou.

Somos donos mesmo é do gemido

Desse gemido que gememos juntos

E vamos contando um a um

Até chegar o miserável grito.

O futuro é sempre o mesmo, ainda bem!

Todos arderemos juntos... Amém!

 

 

APOGEU POÉTICO - MODERNO BY- JOANA TIEMANN GABE

 

 

Patrono: Pablo Neruda

Acadêmica:Joana Tiemann Gabe

Cadeira: 12

APOGEU POÉTICO - MODERNO

Tema: Reflexão

 

Encontre o amor verdadeiro

Esqueça o mundo inteiro.

Sinta o que é relevante!

 

Talvez consiga perceber

que todo o dinheiro que você acumulou

não te serve para nada.

 

Faça um passeio pelo universo

Descubra o diverso.

Veja o que é relevante!

 

Tarde não será nem naquela hora

que você pensa ir embora

para nunca mais voltar.

Faça o que é relevante!

 

Solte o verbo

os segredos que você sempre quis contar

e teve medo.

Fale o que é relevante!

 

Agora levante

e comece a andar.

 

Joana Tiemann

 

 

 

APOGEU POÉTICO - MODERNO BY Sanjo Muchanga

 

 

Patrono; Affonso Romano Sant'anna

Académico; Sanjo Muchanga

Cadeira : 08 

APOGEU POÉTICO - MODERNO

Tema : Reflexão

 

Hoje reflicto todo o amor

Que o tempo e o poema me roubaram

Nos rascunhos dos guardanapos

No Café Bar da Avenida 25 de Março.

 

Reflicto todas as paixões selvagens

Das minhas viagens a Paris

Nos poemas de Luís de Camões

E no ritmo das belas paisagens

 

Hoje reflicto todo aflito

No poema do Gonçalves Dias

O hino do poeta exilado

No último suspiro do verso deste poema.

 

Não esquivo o equívoco do poema

Do Fernando Pessoa nesta canção

Onde reflicto as cartas ridículas

E o meu amor também ridículo

 

Como todas as palavras esdrúxulas

Do karingana do José Craveirinha

E ao ritmo do rock’n’ roll de Elves Presley

Quando esta escrita um dia for poema.

 

Sanjo Muchanga

 

 

APOGEU POÉTICO - CLÁSSICO BY SIMONE MDEDEIROS

 

Patrono : Dante Alighieri

Acadêmica : Simone Medeiros

APOGEU POÉTICO - CLÁSSICO 

Tema : Reflexão

.

CAMINHOS DA REFLEXÃO

 

Por uma estrada tortuosa e dolorida

Deparamos não tardio com os erros

No espelho vê-se o reflexo à vida

Cai-se de joelhos sob os desterros

 

Na mente a culpa moi-se em torvelinho

Tentando assimilar o q' não deu certo

Aos tantos passos errados no caminho

É neste vai e vem d' lamentos q' desperto

 

Ao que pôde-me ser bom para o meu ego

Satisfaço em choros as mágoas sentidas

Ora perdidas nos escaninhos do superego

Tantas reflexões p' se ter as mágoas banidas

 

De um coração que chora por coisas banais

Que diante das mazelas do mundo são apenas

Gotas órfãs num imenso oceano tristonho d' ais

Poupe-me das ondas agitadas... deixe-me apenas

 

Às tuas lágrimas em ondas mais suaves, amenas

Dê-me uma nova chance aos meus passos

Posto que farei do caminho saídas plenas

Pois, refletir sobre eles é fazer da vida paços

 

Simone Medeiros

 

 

Comunidades Literárias

Meu olhar em poesia

        A página “Meu olhar em Poesia” é uma comunidade que seus membros divulgam seus trabalhos e nos encanta com seus versos.         Segue abaixo alguns textos escolhidos para que nossos leitores conheçam o mar de sonhos nos versos dos...
1 | 2 | 3 | 4 | 5 >>